Após um ano, dois meses e 26 dias a Gestão OrganizAÇÃO (2010-2011) passou hoje o bastão para o novo grupo de diretores do Centro Acadêmico. Confesso que ainda vou demorar a me acostumar com a novidade de não fazer mais parte da Diretoria do CAM, mas renovar é preciso: recarrega as forças, oxigena as ideias.
Fizemos bem mais do que achávamos que se...riamos capaz de fazer no ano que passou. Agora, já nem saberia descrever o CAM que encontrei em 2009, quando comecei a me interessar por tudo isso que é a política estudantil. Pensei em desistir, em abandonar o barco diversas vezes, especialmente nos momentos de dificuldades, mas os amigos (alguém diria companheiros) de gestão sempre traziam o renovo, a recarga, o “vamos seguir em frente”. Isso, o companheirismo e cumplicidade do trabalho conjunto, sem dúvidas é o que levo de melhor dos anos de Centro Acadêmico.
Acredito que não cabe aqui descrever o que fizemos ao longo desse período a frente do CAM. Não se trata de uma prestação de contas, é apenas uma carta de despedida de um ex-diretor, de alguém que se esforçou para tornar o sonho “Medicina Santarém” mais real, que lutou por uma UEPA melhor. E acho que posso me considerar satisfeito: conquistamos menos do que desejávamos, mas bem mais do que imaginávamos poder. Lembro-me de uma certa frase que gosto de repetir para os que consideram os sonhos impossíveis de realizar: “ O segredo é, sem saber que é impossível, torna-lo real.”
Nos momentos difíceis, algo sempre me motivou a continuar: um sentimento que me fazia inconformado com a realidade que me cercava. Tive a sorte de estar cercado por aqueles que partilhavam do mesmo sentimento. Não seria capaz de mencionar todos, mas jamais poderia esquecer a Suellen, Fábio, Renato, Zanderson, Lucas, Vanessa, Osmarina, Zilma, Rosineide, os diretores das Ligas, representantes de turma, enfim, aqueles que tão inconformados quanto eu preferiram partir para luta, enfrentar o trabalho, construir um Curso de Medicina melhor. E fizemos, creiam que sim!
Fiquei triste, um tanto decepcionado, quando vi há alguns dias nosso prédio ser interditado. Era como se os passos dados com o esforço descomunal de tantos tivessem sido anulados pela irresponsabilidade dos construtores, negligência dos fiscalizadores da obrar e total apatia dos gestores da universidade que absolutamente nada fizeram para prevenir o atual estado de deterioração do prédio. Porém, no meio de toda confusão que essa situação gerou percebi que a Medicina que estamos construindo, nem de longe pode se resumir a algumas paredes rachadas, a um prédio mal fabricado. Percebi que a nossa Medicina é bem maior e mais forte que isso. Carente de recursos, mesmo deficiente em alguns pontos, mas já forte o suficiente para superar o desalojamento imposto pelas circunstâncias.
Há muito por ser feito: somos um curso ainda não compreendido pela universidade que nos abriga, estamos em o Campus que, por mais que se esforce, o poder central da universidade insiste em manter cerceado de poder de escolha, sem direito de voz. Em nossa universidade é ainda um pecado ter opinião, o sistema de saúde que nos serve de laboratório maior é falho e parece não se importar com isso, faltam bom livros em nossa biblioteca, nossos professores não são valorizados como deveriam, a pesquisa que realizamos conquistou pouca expressão, nossa extensão ainda não se organizou ou ganhou periodicidade.
Todavia nada disso deve ser motivo de desanimo, ou justificativa para desistir, mas combustível para continuar lutando. É isso que desejo para os novos gestores que assumem nossa entidade de representação estudantil. Os meios para superar os desafios podem e devem mudar. Os objetivos sim, estes devem permanecer.
Boa sorte e bom trabalho Jackson, Mauro, Átila, Íris, Vinícius, Rafael, Rhaone e Haroldo! Permaneçam inconformados com os absurdos que nos cercam, sempre buscando tornar real o necessário, mesmo que muitos digam que tanto é impossível.
Grande Abraço
Fizemos bem mais do que achávamos que se...riamos capaz de fazer no ano que passou. Agora, já nem saberia descrever o CAM que encontrei em 2009, quando comecei a me interessar por tudo isso que é a política estudantil. Pensei em desistir, em abandonar o barco diversas vezes, especialmente nos momentos de dificuldades, mas os amigos (alguém diria companheiros) de gestão sempre traziam o renovo, a recarga, o “vamos seguir em frente”. Isso, o companheirismo e cumplicidade do trabalho conjunto, sem dúvidas é o que levo de melhor dos anos de Centro Acadêmico.
Acredito que não cabe aqui descrever o que fizemos ao longo desse período a frente do CAM. Não se trata de uma prestação de contas, é apenas uma carta de despedida de um ex-diretor, de alguém que se esforçou para tornar o sonho “Medicina Santarém” mais real, que lutou por uma UEPA melhor. E acho que posso me considerar satisfeito: conquistamos menos do que desejávamos, mas bem mais do que imaginávamos poder. Lembro-me de uma certa frase que gosto de repetir para os que consideram os sonhos impossíveis de realizar: “ O segredo é, sem saber que é impossível, torna-lo real.”
Nos momentos difíceis, algo sempre me motivou a continuar: um sentimento que me fazia inconformado com a realidade que me cercava. Tive a sorte de estar cercado por aqueles que partilhavam do mesmo sentimento. Não seria capaz de mencionar todos, mas jamais poderia esquecer a Suellen, Fábio, Renato, Zanderson, Lucas, Vanessa, Osmarina, Zilma, Rosineide, os diretores das Ligas, representantes de turma, enfim, aqueles que tão inconformados quanto eu preferiram partir para luta, enfrentar o trabalho, construir um Curso de Medicina melhor. E fizemos, creiam que sim!
Fiquei triste, um tanto decepcionado, quando vi há alguns dias nosso prédio ser interditado. Era como se os passos dados com o esforço descomunal de tantos tivessem sido anulados pela irresponsabilidade dos construtores, negligência dos fiscalizadores da obrar e total apatia dos gestores da universidade que absolutamente nada fizeram para prevenir o atual estado de deterioração do prédio. Porém, no meio de toda confusão que essa situação gerou percebi que a Medicina que estamos construindo, nem de longe pode se resumir a algumas paredes rachadas, a um prédio mal fabricado. Percebi que a nossa Medicina é bem maior e mais forte que isso. Carente de recursos, mesmo deficiente em alguns pontos, mas já forte o suficiente para superar o desalojamento imposto pelas circunstâncias.
Há muito por ser feito: somos um curso ainda não compreendido pela universidade que nos abriga, estamos em o Campus que, por mais que se esforce, o poder central da universidade insiste em manter cerceado de poder de escolha, sem direito de voz. Em nossa universidade é ainda um pecado ter opinião, o sistema de saúde que nos serve de laboratório maior é falho e parece não se importar com isso, faltam bom livros em nossa biblioteca, nossos professores não são valorizados como deveriam, a pesquisa que realizamos conquistou pouca expressão, nossa extensão ainda não se organizou ou ganhou periodicidade.
Todavia nada disso deve ser motivo de desanimo, ou justificativa para desistir, mas combustível para continuar lutando. É isso que desejo para os novos gestores que assumem nossa entidade de representação estudantil. Os meios para superar os desafios podem e devem mudar. Os objetivos sim, estes devem permanecer.
Boa sorte e bom trabalho Jackson, Mauro, Átila, Íris, Vinícius, Rafael, Rhaone e Haroldo! Permaneçam inconformados com os absurdos que nos cercam, sempre buscando tornar real o necessário, mesmo que muitos digam que tanto é impossível.
Grande Abraço
Adalto Pontes
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